2.) O Julgamento dos Vivos e o Apagamento do Pecado
/Por quase seis mil anos, o problema do pecado tem estado na atenção do Pai, do Filho, do Espírito Santo e de todas as hostes celestiais. O pecado e a rebelião iniciada por Lúcifer que carregou uma terça parte dos anjos do Céu, são como um câncer virulento, de natureza tão sediciosa que, sem a intervenção de todo o Céu, poderia ter se espalhado até mesmo para outros mundos. A Bíblia diz:
“E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos; mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele. E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte. Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.” Apocalipse 12:7-12).
E agora, como resultado dessa guerra que começou no Céu e depois se espalhou na Terra pelo pecado de Adão e Eva, cada um de nós está, independentemente de escolhermos estar ou não, envolvido no resultado desse conflito cósmico. Felizmente, muito antes de as sementes do pecado terem começado no coração de Lúcifer, Deus já havia formulado um plano de resgate:
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor. E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça, que ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência; descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra. Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade.” (Efésios 1:3-11).
Sabemos que esse é o plano da redenção (ou salvação). Em outras palavras, devemos ser redimidos de volta, da queda de nossos primeiros pais Adão e Eva, que caíram nas mentiras astutas do diabo e mergulharam toda a raça humana no pecado e na morte. Por meio de Jesus, podemos ser restaurados à perfeição original do caráter que foi dado à Adão e Eva, na criação. Lembre-se: o plano original de perfeição através de Cristo estava previsto antes de Adão e Eva pecarem, e é para esse plano original que deveremos ser restaurados.
“Há os que sempre estão apresentando pretextos para andar nos conselhos do inimigo [...] Mas Jesus não tomou providências para que essas pessoas vencessem a tentação? [...] Não são os raios da justiça de Cristo brilhantes o suficiente para dissipar a sombra de Satanás? Declara-se que a graça de Deus é suficiente para todos os males e aflições contra que os seres humanos têm de pelejar [...] Oh! quão precioso é Jesus para a pessoa que confia nEle! [...] Nunca devemos permitir por um só momento que Satanás pense que seu poder para afligir e molestar é maior do que o poder de Cristo para amparar e fortalecer” (Este Dia com Deus, p. 183).
“Em Cristo habitava corporalmente toda a plenitude da divindade. Foi por isso que, apesar de tentado em todos os pontos como nós, Ele permaneceu perante o mundo, desde que nele entrou, incontaminado pela corrupção, embora dela estivesse rodeado. Não devemos também tornar participantes dessa plenitude, e não é assim, e assim tão somente, que podemos vencer como Ele venceu? Perdemos muito por não meditarmos constantemente no caráter de Cristo” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 7, p. 906).
“Porque nele (em Cristo) habita corporalmente toda a plenitude da divindade. E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo principado e potestade; no qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo da carne: a circuncisão de Cristo.” (Colossenses 2:9-11).
“Quando Ele vier, não virá para nos purificar de nossos pecados, nem remover de nós os defeitos de caráter, nem livrar-nos das fraquezas de nosso temperamento ou disposições. Se essa obra tiver de ser realizada em nós, terá sido realizada antes daquele tempo. Na volta do Senhor Jesus, aqueles que são santos continuarão sendo santos. Aqueles que preservaram seus corpos e espírito em santidade, continuarão em santificação e honra, recebendo então o toque final da imortalidade. Mas os que são injustos, não santificados e sujos, assim permanecerão para sempre. Nenhuma obra se fará então por eles para lhes remover os defeitos e dar-lhes um caráter santo. Naquela ocasião, o Refinador não Se ocupará com o processo de purificação para remover-lhes os pecados e a corrupção. Tudo isso deve ser realizado durante o período da graça. É agora que essa obra deve ser realizada em nós” (Testemunhos para a Igreja, Vol. 2 p. 355).
“Não haverá modificação de caráter quando Cristo vier. A edificação do caráter deve prosseguir durante o tempo da graça” (Comentário Bíblico Adventista, vol.7, p. 989).
“O caráter não pode ser mudado quando Cristo vier [...] A edificação do caráter deve realizar-se nesta vida” (Testemunhos para Ministros, p. 430).
“Não podemos praticar maldade e operar a iniquidade e mesmo assim estarmos justificados diante de Deus. Agora é o nosso período de provação, e devemos agora aperfeiçoar o nosso caráter a fim de resistirmos à prova, no julgamento. Quando Cristo vier, não haverá mudança de caráter; aqueles que estiverem vivos e permanecerem [...] serão arrebatados para encontrar o Senhor nos ares, se seus caráteres forem irrepreensíveis e puros. A transformação do caráter precisa ocorrer durante o precioso tempo da graça” (The Signs of the Times, 29 ago. 1892).
Muitas vezes ao estarmos orando e pedindo a Deus para sermos mais semelhantes a Cristo em nosso caráter, somos colocados diante de circunstâncias que comprovam justamente todo o mal de nossa natureza. Deus, em Sua providência, coloca-nos em diferentes situações e variadas circunstâncias justamente a fim de que possamos descobrir nossos defeitos ocultos de caráter, dando-nos oportunidade de corrigirmos tais defeitos e nos tornarmos aptos para o Seu serviço. Permite por vezes que o fogo da aflição nos assalte, a fim de sermos purificados (parafraseado do Ciência do Bom Viver, pp. 470, 471).
“Cada seguidor de Cristo deve examinar diariamente a si mesmo para que se torne perfeitamente familiarizado com a própria conduta. Quase todos negligenciam o exame de si mesmos [...] Muitos veem e sentem suas deficiências, contudo parecem ignorar a influência que exercem. Estão conscientes de suas ações ao praticá-las, mas permitem que saiam de sua memória, e portanto, não se reformam. Se os pastores tornassem os atos de cada dia um assunto de cuidadosa reflexão e deliberada recapitulação, com o objetivo de familiarizar-se com os próprios hábitos de vida, conheceriam melhor a si mesmos. Mediante um exame íntimo de sua vida diária sob todas as circunstâncias, eles conheceriam seus motivos, os princípios que os regem. Essa diária recapitulação de nossos atos, para ver se a consciência aprova ou condena, é necessária para todos os que anelam chegar à perfeição do caráter cristão” (Testemunhos para a Igreja, Vol. 2, pp. 511, 512).
“Eu escutei e ouvi; não falam o que é reto, ninguém há que se arrependa da sua maldade, dizendo: Que fiz eu?” (Jeremias 8:6).
“Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros. E assentar-se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi e os afinará como ouro e como prata; então, ao Senhor trarão ofertas em justiça.” (Malaquias 3:2,3).
“O processo de refinar e purificar está sendo realizado no meio do povo de Deus, e o Senhor dos Exércitos pôs Sua mão nesta obra. Esse processo é o mais difícil para o ser humano, mas é necessário, a fim de que toda impureza seja removida. As provações são essenciais para que sejamos aproximados do nosso Pai celestial, em submissão à Sua vontade, a fim de que possamos oferecer ao Senhor uma oferta em justiça. ... O Senhor conduz Seus filhos sobre o mesmo terreno sempre e sempre, aumentando a pressão até que perfeita humildade preencha o coração e o caráter seja transformado; então são vitoriosos sobre o eu, ficam em harmonia com Cristo e com o Espírito do Céu. A purificação do povo de Deus não pode ser efetuada sem sofrimento. ... Ele nos conduz de um fogo para outro, provando nosso verdadeiro valor. A genuína virtude está pronta para ser provada. Se somos relutantes em ser esquadrinhados pelo Senhor, nossa condição é perigosa...
“É na misericórdia que o Senhor revela aos homens suas faltas ocultas. Ele gostaria que examinassem detidamente as complicadas emoções e os motivos de seu coração, e descobrissem o mal, e modificassem suas disposições, aprimorando suas maneiras. Deus gostaria que Seus servos se familiarizassem com seu próprio coração. A fim de levá-los ao verdadeiro conhecimento de sua condição, Ele permite que o fogo da aflição os atinja, para que sejam purificados. As provações da vida são obreiras de Deus. ... O fogo não nos consumirá, mas somente removerá a escória, e sairemos sete vezes purificados, tendo a semelhança do Divino” (Minha Consagração Hoje, p. 84).
Está você passando por tentações e provações em sua vida? Pode ser que essas provações estejam sendo permitidas por Deus para chamar sua atenção para coisas que podem ser purificadas pelo sangue de Cristo, se você permitir que Ele lhe revele seus defeitos de caráter que precisam ser removidos para que você seja mais semelhante a Ele, pois tais falhas não poderão atravessar os portais do Céu quando Jesus voltar e nos levar ao lar.
Em outro estudo fiz questão de identificar o significado da palavra “caráter”, para que pudéssemos entender melhor o que Jesus está tentando fazer em nós a fim de remover toda a escória causada pelo pecado. Ellen White nos deu uma descrição perfeita da palavra caráter:
“Os pensamentos e os sentimentos, combinados, constituem o caráter moral” (Testemunhos para a Igreja, Vol. 5, p. 310).
Agora que compreendemos que “os pensamentos e os sentimentos, combinados” formam o nosso caráter, podemos entender a razão pela qual Deus tem permitido que passemos por provações, a fim de nos revelar nossos pensamentos e sentimentos, fazendo-nos enxergar que Seu propósito é nos ajudar a cooperar com Ele na remoção desses pensamentos e sentimentos pecaminosos.
“Os anjos de Deus colocam diariamente nos livros do Céu uma representação exata do caráter [pensamentos e sentimentos] de cada ser humano” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 7, p. 986).
E então, como você se sente, sabendo que todos os seus pensamentos e sentimentos estão escritos nos livros do Céu, diante do Deus que tudo vê? Isso não o incentiva a cooperar plenamente com Jesus em Sua obra de purificar os livros do Céu de todos os registros do pecado? Nossos livros nunca serão limpos, a menos que cooperemos com Jesus e permitamos que Ele nos mostre tudo o que ali está escrito, para que possamos nos arrepender, ser purificados, e obtermos a vitória sobre cada pecado e fraqueza, antes que Sua obra no Santuário seja concluída.
“Antes porém que venha esse tempo [a segunda vinda], tudo que é imperfeito em nós terá sido visto e deixado de lado. Toda inveja e ciúme, e ruins suspeitas, e todo plano egoísta terão sido banidos da vida” (Mensagens Escolhidas, Vol. 3, p. 427).
Alguma vez no passado, em sua vida diária, você falou algo cruel, insensível ou com espírito de crítica? Você já fez ou disse coisas que depois gostaria de não ter dito ou feito? Deus nos permite passar por provações que trazem à tona o pior de nosso caráter, para que esses defeitos possam ser vistos por nós, e nos motive a buscar a limpeza/purificação, não apenas do comportamento, mas da vida interior e do pensamento que produz aquele comportamento externo. Esses pecados não aparecem do nada, mas sim de experiências passadas, ou foram herdados, ou ainda provém de traços de caráter que temos nos permitido praticar, ou que vimos e ouvimos outros fazerem. Não fosse pelo sangue purificador de Jesus e pela obra que Ele está fazendo agora no Santuário celestial, esses defeitos permaneceriam em nós até a nossa morte ou até a volta de Jesus. Portanto, sejamos diligentes em cooperar agora com a obra de restauração que Ele deseja fazer em nós a fim de nos purificar da contaminação do pecado em nossos caráteres.
“Aqueles que se mantêm firmes na fé até o fim sairão da fornalha de prova como o ouro fino purificado sete vezes [...] Lembrai-vos de que há alguém vigiando a todo momento para ver quando a última partícula de impureza é removida de vosso caráter” (Olhando para o Alto, p. 323).
“Se o olhar se mantiver fixo em Jesus, a obra do Espírito não cessa, até que a alma esteja conforme a Sua imagem” (Desejado de Todas as Nações, p. 207).
Mas, o que é necessário para que possamos cooperar com a obra de purificação? Primeiramente, precisamos estar muito conscientes do objetivo da purificação. Em função dos pecados e das raízes de amargura herdadas e cultivadas, gravados na mente e no coração de todas as pessoas desde a queda de Adão e Eva, precisamos ter a nossa mente purificada pela mente perfeita de Jesus, do contrário, acabaremos seguindo os impulsos e pensamentos de nossa natureza carnal. E, para que essa troca aconteça precisamos caminhar constantemente com Jesus ouvindo Seus pensamentos e sentimentos sobre todas as coisas. Jesus disse:
“Aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas [...] e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as suas ovelhas pelo nome e as leva para fora. Depois de conduzir para fora todas as suas ovelhas, vai adiante delas, e estas o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas nunca seguirão um estranho; na verdade, fugirão dele, porque não reconhecem a voz de estranhos [...] Eu sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram antes de mim eram ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo [...] As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão” (João 10:2-9; 27, 28).
Essa afirmação de Jesus resume todo o plano da salvação. Satanás é nosso inimigo - o estranho. Jesus é o pastor, cuja voz devemos escutar para sermos salvos. É importante aprendermos a conhecer a voz de Jesus, porque Satanás tenta nos cortejar de qualquer maneira que puder. Em função de nossa natureza caída conseguimos ouvi-lo naturalmente, sem perceber o perigo que estamos enfrentando. As tentações e provações vêm a nós para nos ensinar o que acontece quando ouvimos a voz do estranho, para que possamos aprender a distinguir a voz do nosso Bom Pastor e jamais responder à voz do tentador, que só quer nos destruir.
“É unicamente pela união pessoal com Cristo, pela comunhão diária com Ele, comunhão de cada hora, que nos é possível dar os frutos do Espírito Santo. ... Nosso crescimento na graça, nossa alegria, nossa utilidade, tudo depende de nossa união com Cristo e do grau de fé que nEle exercemos” (Filhos e Filhas de Deus, p. 290).
“Deus trabalhará com os que atenderem a Sua voz” (Este Dia com Deus, p. 266).
A menos que conheçamos e escutemos a voz de Jesus, nunca seremos livres dos pecados herdados e cultivados de nossa natureza carnal, pois estes estão gravados nas tábuas do nosso coração e em nossa mente desde a infância.
“O pecado de Judá está escrito com um ponteiro de ferro, com ponta de diamante, gravado na tábua do seu coração e nos ângulos dos seus altares. Seus filhos se lembram dos seus altares, e dos seus bosques, e das árvores verdes, sobre os altos outeiros.” (Jeremias 17:1, 2).
Ao ver o fim do tempo se aproximando, é importante que entendamos a obra de purificação que Jesus está fazendo por nós no Santuário celestial, para que possamos cooperar inteligentemente com Ele a fim de estarmos preparados para o que está por vir sobre a Terra.
“O assunto do Santuário e do juízo investigativo deve ser claramente compreendido pelo povo de Deus. Todos necessitam para si mesmos de conhecimento sobre a posição e obra de seu grande Sumo Sacerdote. Aliás, ser-lhes-á impossível exercerem a fé que é essencial neste tempo, ou ocupar a posição que Deus lhes deseja confiar...” (O Grande Conflito, p. 488).
“A intercessão de Cristo no Santuário celestial, em prol do homem, é tão essencial ao plano da redenção, como o foi Sua morte sobre a cruz. Pela Sua morte iniciou essa obra, para cuja terminação ascendeu ao Céu, depois de ressurgir. Pela fé devemos penetrar até o interior do véu, onde nosso Precursor entrou por nós. Hebreus 6:20. Ali se reflete a luz da cruz do Calvário. Ali podemos obter intuição mais clara dos mistérios da redenção” (O Grande Conflito, p. 489).
“Deve haver uma obra de purificação da alma aqui na Terra, em harmonia com a obra de purificação do Santuário no Céu, efetuada por Cristo” (Maranata, p. 252).
“Assim como foi glorificado no dia de Pentecostes, Cristo será novamente glorificado no encerramento da obra do evangelho, quando Ele preparar um povo para suportar a prova final na última batalha do grande conflito” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 7, p. 982).
“Esta obra de exame do caráter, para determinar quem está preparado para o reino de Deus, é a do juízo de investigação, obra final do Santuário do Céu” (O Grande Conflito, p. 428).
“Cristo diz do vencedor: ‘De modo nenhum apagarei o seu nome do livro da vida” (Apocalipse 3:5). Os nomes de todos que uma vez se entregaram a Deus são escritos no livro da vida, e seu caráter está sendo examinado diante dEle. Anjos de Deus estão avaliando o valor moral. Eles observam o desenvolvimento do caráter nos que vivem agora, para ver se os seus nomes podem ser retidos no livro da vida. É-nos concedido um tempo de graça para lavarmos e alvejarmos as vestes do caráter no sangue do Cordeiro. Quem está fazendo essa obra? Quem está se separando do pecado e do egoísmo?” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 7, p. 959).
“Disposições e sentimentos errôneos devem ser arrancados pela raiz” (Olhando para o Alto, p. 237)
“A predominância de um desejo pecaminoso revela a ilusão da alma. Cada condescendência com aquele desejo, avigora a aversão da alma para com Deus” (O Maior Discurso de Cristo, p. 92).
“Tudo aquilo em nosso caráter que não puder entrar na cidade de Deus será reprovado; se nos submetermos ao refinamento do Senhor, toda a escória e a impureza serão consumidas” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 4, p. 1180).
“O selo do Deus vivo só será colocado sobre os que possuem semelhança de caráter com Cristo. Como a cera recebe a impressão do sinete, assim deve a alma receber a impressão do Espírito de Deus e reter a imagem de Cristo” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 7, p. 969).
“Esta obra de exame do caráter, para determinar quem está preparado para o reino de Deus, é a do juízo de investigação, obra final do Santuário do Céu” (O Grande Conflito, p. 428).
Muitas pessoas pensam que a obra investigativa de Jesus no Santuário celestial será realizada sem o seu conhecimento, e sem a necessidade de sua cooperação consciente. No entanto, isso tragicamente não é a verdade, pois não podemos saber o que está em nosso caráter e o que Jesus vê nos livros do Céu, a menos que estejamos conscientemente conectados com Jesus, ouvindo Sua voz e cooperando com Ele a cada momento enquanto Ele revisa os livros de registro.
Como veremos no texto a seguir, em Isaías 1:18-20, a obra de purificação e do apagamento do pecado é um trabalho consciente de cooperação com Jesus:
“Vinde, pois e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã. Se quiserdes, e ouvirdes, comereis o bem desta terra. Mas, se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada, porque a boca do Senhor o disse.”
“Eu, eu mesmo, sou o que apaga as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados me não lembro. Procura lembrar-me; entremos em juízo juntamente; apresenta as tuas razões, para que te possa justificar. (Isaías 43:25, 26)
“Sião será remida com juízo, e os que voltam para ela, com justiça. Mas os transgressores e os pecadores serão juntamente destruídos; e os que deixarem o Senhor serão consumidos.” (Isaías 1:27, 28).
“É, porém, a comunhão secreta com Deus que sustenta a vida da alma” (Educação, p.258).
“Foi no monte, com Deus, que Moisés contemplou o modelo daquela construção maravilhosa que devia ser a morada de Sua glória. É no monte, com Deus — o lugar secreto da comunhão com Ele — que devemos contemplar Seu glorioso ideal para com a humanidade. Destarte habilitar-nos-emos a moldar de tal maneira a formação de nosso caráter que se possa cumprir para nós esta promessa: ‘Neles habitarei, e entre eles andarei; e Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo’ 2 Coríntios 6:16” (Educação, p. 258).
Quando a obra investigativa e de purificação terminarem, Jesus apagará todos os nossos pecados dos livros de registro celestes e também de nossa memória e mente. Assim, haverá paz perfeita reinando em nosso coração e alma.
“Senhor, tu nos darás a paz, porque tu és o que fizeste em nós todas as nossas obras.
Ó Senhor, Deus nosso, outros senhores têm tido domínio sobre nós; mas, por ti só, nos lembramos do teu nome. Morrendo eles, não tornarão a viver; falecendo, não ressuscitarão; por isso, os visitaste, e destruíste, e apagaste toda a sua memória.” (Isaías 26:12-14).
É por isso que Ellen White afirma:
“Semelhantemente, no tempo de angústia, se o povo de Deus tivesse pecados não confessados que surgissem diante deles enquanto torturados pelo temor e angústia, seriam vencidos; o desespero suprimir-lhes-ia a fé, e não poderiam ter confiança para suplicar de Deus o livramento. Mas, ao mesmo tempo em que têm uma profunda intuição de sua indignidade, não possuem falta oculta para revelar. Seus pecados foram examinados e extinguidos no juízo; não os podem trazer à lembrança” (O Grande Conflito, p. 620).
“Naquele dia, se entoará este cântico na terra de Judá: Uma forte cidade temos, a quem Deus pôs a salvação por muros e antemuros. Abri as portas, para que entre nela a nação justa, que observa a verdade. Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti. Confiai no Senhor perpetuamente; porque o Senhor Deus é uma rocha eterna.” (Isaías 26:1-4).
“Haverá paz, paz constante a fluir do coração, pois o descanso se encontra na perfeita submissão a Jesus Cristo. A obediência à vontade de Deus encontra o descanso” (Nossa Alta Vocação, p. 94).
Infelizmente para aqueles que adiarem a experiência de cooperar com Jesus na limpeza/purificação de suas vidas através do Santuário, não restará nada além de angústia e desespero.
“Os que se retardam no preparo para o dia de Deus, não o poderão obter no tempo de angústia, ou em qualquer ocasião subsequente. O caso de todos estes é sem esperanças. Os professos cristãos que vêm ao último e terrível conflito, sem se acharem preparados, confessarão em seu desespero os seus pecados com palavras de angústia consumidora enquanto os ímpios exultam de sua agonia. Estas confissões são do mesmo caráter que a de Esaú ou de Judas. Os que as fazem, lamentam o resultado da transgressão, mas não a culpa da mesma. Não sentem verdadeira contrição, nem aversão ao mal. Reconhecem seu pecado pelo medo do castigo; mas, semelhantes a Faraó na antiguidade, voltariam ao seu desafio ao Céu, caso fossem removidos os juízos” (O Grande Conflito, pp. 620, 621).
Então agora é o tempo da salvação; agora é a hora de garantir nosso chamado e eleição. Imploro a você que não adie essa caminhada com Jesus pelo Santuário celestial. Ele está mantendo a porta aberta para cada pessoa entrar enquanto ainda há tempo, mas logo a porta se fechará e ninguém poderá entrar enquanto as sete últimas pragas estiverem sendo derramadas. Jesus está esperando apenas por você. Virá você a Ele agora, deixando para trás tudo deste mundo que o esteja impedindo, apressando-se para entrar na arca de segurança antes que a porta seja fechada? Veja o convite:
“Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira. Porque eis que o Senhor sairá do seu lugar para castigar os moradores da terra, por causa da sua iniquidade; e a terra descobrirá o seu sangue e não encobrirá mais aqueles que foram mortos.” (Isaías 26:20, 21).
“O Espírito e a noiva dizem: ‘Vem!’ E todo aquele que ouvir diga: ‘Vem!’ Quem tiver sede, venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida” (Apocalipse 22:17).
Carol Zarska, MAR, Escritora, em 6 Julho 2019