12.) O Remanescente Vitorioso da Igreja de Laodiceia

Desde que o pecado entrou no mundo através de nossos primeiros pais, o medo e a separação de Deus se tornaram o destino da humanidade. Ao comerem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, Adão e Eva haviam dado a Satanás acesso à sua mente, e agora o inimigo podia falar ao núcleo cerebral deles, núcleo este criado por Deus para ser usado somente para ouvir a Sua voz lhes falando através do Espírito Santo. Todavia, Deus não estava disposto a nos abandonar nessa condição caída.  Desde o princípio, Ele havia idealizado um plano para nos trazer de volta a uma relação contínua e íntima com Ele, e eliminar para sempre os efeitos causados pelo pecado. Esse plano de restauração nos é revelado e manifestado através do Santuário.

O Santuário terrestre era uma demonstração visual da obra de Jesus para a redenção da humanidade. Cada um dos três compartimentos do Santuário representa uma época ou fase do tempo, na qual o progresso desse plano seria colocado em ação. A primeira fase acontecia no Pátio, e nessa fase eram exigidos arrependimento e restituição apenas para os pecados de comportamento. Os níveis mais profundos do problema do pecado eram atendidos pelos rituais no interior do Santuário e estes não eram necessariamente compreendidos pelos adoradores.  Eles somente perceberam que eram responsáveis diante de Deus por algo mais profundo do que seu comportamento exterior quando Jesus veio ao mundo em pessoa e revelou a Seus ouvintes a necessidade de purificação dos pensamentos e sentimentos do coração na vida interior:

“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo. [...] Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mateus 5:21, 22; 27, 28).

Tem sempre sido difícil para as pessoas passarem de um nível de responsabilidade por seus pecados diante de Deus a um nível mais profundo de compreensão do que Deus espera de Seu povo. Quando Jesus aqui esteve, os líderes e instrutores do povo Lhe queriam matar ao Ele tornar visível a hipocrisia do coração deles, e revelar-lhes que sua justiça exterior não era aceitável a Deus. O mesmo acontece em todas as gerações. Quando Jesus ascendeu ao Céu para iniciar Sua obra mediadora no Primeiro Compartimento do Santuário celestial, deixou aos Seus discípulos o legado de Sua justiça perfeita e de Seu sangue purificador para perdão dos pecados, como o Evangelho que deveria ser pregado aos novos crentes. Depois do Pentecostes, Pedro pregou essa importante verdade com poder para as multidões que se reuniam para ouvir sua explicação sobre a grande mudança que havia sido operada entre os desolados discípulos: “A este Jesus, Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis. [...] Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2:32-38).

Anos mais tarde, foi mostrado ao apóstolo João em visão o início do ministério de Jesus no Lugar Santo. Ele viu Jesus como nosso Sumo Sacerdote caminhando entre os candelabros do Santuário celestial: “Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta, dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: [...] Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro e, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem, com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro. A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas. Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força. Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno” (Apocalipse 1:10-18).

Qual foi o propósito específico de Jesus durante Seu ministério no Lugar Santo do Santuário celestial?  Seu propósito foi alterar o conceito do povo, de uma salvação baseada apenas no comportamento externo, para uma compreensão mais ampla, da necessidade de um relacionamento íntimo com Jesus, que asseguraria a santificação do coração e da mente através da comunhão com Ele

“Como o sangue do cordeiro morto protegera os lares de Israel, assim lhes salvaria o sangue de Cristo; mas eles só se podiam salvar por meio de Cristo, apoderando-se, pela fé, de Sua vida, como sendo deles mesmos. Só havia virtude no simbólico cerimonial, ao serem os adoradores por ele dirigidos a Cristo como seu Salvador pessoal” (O Desejado de Todas as Nações, p. 49, ênfase da autora).

“A verdade é mantida muito no pátio exterior. Seja ela trazida ao templo interior da alma, entronizada no coração e que assuma o controle da vida. A Palavra de Deus deve ser estudada e obedecida, então o coração encontrará paz, descanso e alegria, e as aspirações estarão voltadas para o Céu. Mas quando a verdade é posta à parte da vida, no pátio exterior, o coração não é aquecido com o ardente fogo da bondade divina” (Testemunhos para a Igreja, vol. 5, p. 547).

Infelizmente, os líderes judeus tiveram grande dificuldade em compreender ou aceitar essa transição de uma religião baseada em obras para uma que necessitava de um relacionamento íntimo com Deus que produziria santidade de vida e justiça de caráter.

Os “mestres judaizantes afirmavam que, para ser salvo, era preciso ser circuncidado e observar toda a lei cerimonial [...] Eram tardos em discernir que todas as ofertas sacrificais não tinham senão prefigurado a morte do Filho de Deus, em que o tipo encontrou o antítipo, depois do que os ritos e cerimônia da dispensação mosaica não mais deviam perdurar” (Atos dos Apóstolos, p. 104, 105).

Os desejos naturais do coração humano de alcançar a salvação pelas obras é tão antigo quanto o problema do pecado em si. Adão e Eva coseram roupas de folhas de figueira para si mesmos, quando desapareceram suas vestes de luz, que significavam santidade e perfeição de caráter por meio do relacionamento íntimo com Deus. De igual forma, todas as religiões pagãs se baseiam em um sistema de obras, que acabou gerando o Catolicismo, resultante da combinação do paganismo com o Cristianismo.

Em todos os desígnios de Deus para curar o problema do pecado na humanidade, Ele tem buscado estabelecer relações de amor com Seu povo. Os grandes homens da Bíblia, como Enoque, Noé, Abraão, Moisés e Davi conheciam a Deus e tinham um relacionamento pessoal íntimo com Ele. Porém nossa mente pecaminosa deseja obter a salvação através de algo que possamos produzir pelo esforço humano, em lugar do sacrifício próprio (abnegação).  Quando Jesus veio à Terra em pessoa, Ele foi o exemplo visível do que significa ter um relacionamento contínuo com Deus, que resulta em santidade de mente, caráter e comportamento. Quando Jesus ascendeu ao Céu e iniciou Sua obra no Lugar Santo do Santuário celestial, era Seu propósito conduzir Seu povo a ter, através da habitação do Espírito Santo, o mesmo relacionamento que Ele tinha tido com Seu Pai enquanto esteve na Terra.

Esse relacionamento íntimo e especial que Jesus deseja ter com Seu povo é exemplificado no livro do Apocalipse. Através dos olhos de João, vemos Jesus segurando sete estrelas em Sua mão e caminhando entre sete candeeiros de ouro no Lugar Santo do Santuário celestial e ministrando em favor de Seu povo durante a era Cristã. Em resposta às perguntas de João sobre o significado do que ele via, Jesus lhe explicou: “Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas” (Apocalipse 1:20).

Tudo o que se segue no livro do Apocalipse é a revelação da obra de Cristo no Santuário celestial, enquanto Ele caminha junto com Seu povo em cada geração, resultado de Sua vida e ministério na Terra e, depois, Seu sacerdócio no Céu, até que Ele finalize Sua obra no Santuário celestial, e volte para buscar Sua noiva.

“O que Cristo está fazendo no Céu? Está intercedendo por nós [...]. Ao ascenderem ao Céu as orações dos sinceros e contritos, Cristo diz ao Pai: ‘Eu tirarei os seus pecados. Fiquem eles imaculados perante Ti’. Ao remover-lhes Ele os pecados enche-lhes o coração com a gloriosa luz da verdade e do amor” (Manuscrito 28, 1901).

Convém esclarecer que a intercessão de Cristo não tem o propósito de cobrir os nossos pecados para nos permitir continuar pecando; ao contrário, ela tem o objetivo de remover os pecados, substituindo-os pelo caráter perfeito de Jesus.

“Cristo é capaz de salvar perfeitamente a todos quantos a Ele se achegam com fé. Se o permitirem, Ele os limpará de toda mácula. Mas, caso se apeguem a seus pecados, não podem ser salvos, pois a justiça de Cristo não cobre nenhum pecado do qual não haja arrependimento. Deus declarou que aqueles que receberem a Cristo como seu redentor, aceitando-O como aquele que tira todo pecado, receberão perdão por suas transgressões. Estas são as condições de nossa eleição. A salvação do ser humano depende de que ele receba a Cristo pela fé” (Mensagens Seletas, 1899, p. 142 – ênfase da autora).

“O Filho de Deus [...] cumpriu Sua promessa e entrou nos Céus para tomar sobre Si o governo da hoste celestial. Ele cumpriu uma fase de Seu sacerdócio morrendo na cruz pela raça caída. Está agora cumprindo outra fase, pleiteando diante do Pai pelo caso do pecador arrependido e crente, e apresentando a Deus as ofertas de Seu povo. Por ter tomado a natureza humana, e nessa natureza vencido as tentações do inimigo e por possuir a perfeição divina, a Ele foi confiado o julgamento do mundo” (Mensagens Seletas, 1901, p. 42 – ênfase da autora).

“A humanidade de Cristo uniu-se à divindade, e nessa força suportaria Ele todas as tentações que Satanás pudesse apresentar-Lhe, conservando Sua alma imaculada de pecado. E esse       ” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 223).

Através dos séculos, desde que Jesus ascendeu ao Céu, Ele está cuidando de Sua igreja por meio de Suas intercessões. A profecia das sete igrejas, conforme registrada em Apocalipse 2 e 3, apresenta uma descrição enigmática dos verdadeiros crentes em cada período da história, desde o momento em que Jesus ascendeu ao Céu até Sua Segunda Vinda. Jesus assinala os pontos fortes e fracos de cada igreja e o que Ele deseja que façam para cumprir o propósito para o seu tempo.

Abaixo uma breve descrição do conselho de Jesus para cada uma das igrejas:

 

1. Éfeso

Elogio: tinha boas obras; odiava as práticas dos nicolaítas*.

Repreensão: tinha abandonado seu primeiro amor.

Conselho: volte ao primeiro amor e realize as obras que eram feitas no início.

 

2. Esmirna

Elogio: suportava aflições, pobreza, perseguição, martírio e calúnia daqueles que afirmavam ser o povo de Deus, mas que eram, na verdade, sinagoga de Satanás.

Conselho: seja fiel até a morte e receba a promessa da coroa da vida eterna.

 

3. Pérgamo

Elogio: mantinha-se fiel a Jesus e não havia renunciado a fé, mesmo sob perseguição.

Repreensão: alguns ensinavam idolatria e imoralidade; outros se apegavam ao ensinamento dos nicolaítas.

Conselho: arrependa-se e volte aos ensinamentos puros da palavra de Deus.

*Nota: Os nicolaítas ensinavam “que as obras da carne não tinham efeito sobre a saúde da alma e, consequentemente, nenhuma relação com a salvação” (8BC 771 –não de EGW. Nossa tradução).

 

4. Tiatira

Elogio: apresentava amor e fé, serviço e perseverança e excedia em boas obras.

Repreensão: tolerava o desenvolvimento da igreja apóstata e seus ensinamentos.

Conselho: resista à presença de doutrinas satânicas na igreja e se apegue à verdade até o fim.

 

5. Sardes

Elogio: poucos restavam que não haviam manchado suas vestes, nem aceitavam os falsos ensinamentos da igreja apóstata.

Repreensão: tinha fama de estar viva, mas na verdade estava espiritualmente morta.

Conselho: desperte-se e fortifique o que resta e está prestes a morrer. “Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te” (Apocalipse 3:3).

 

6. Filadélfia

Elogio: uma porta foi colocada diante dela por Jesus e ninguém a pode fechar. Embora tivesse pouca força, o povo guardou a palavra de Jesus e não negou Seu nome. Visto ter guardado o Seu mandamento para perseverar pacientemente, Ele a guardaria do período de provação que estaria por vir sobre o mundo para provar os que vivem na Terra.

Conselho: “Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus” (Apocalipse 3:11, 12).

 

7. Laodiceia

Elogio: nenhum

Repreensão: “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu” (Apocalipse 3:15-17).

Conselho: “Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono” (Apocalipse 3:18-21).

É reconfortante saber que para cada um desses períodos proféticos da história da igreja, Jesus conhecia de antemão o que eles haveriam de passar e os desafios que enfrentariam, tanto dentro quanto fora da igreja. E para todos os que atenderam ao Seu conselho, Ele intercedeu por eles diante de Seu Pai e lhes deu a força para serem vencedores.

No entanto, para a igreja de Laodiceia Jesus não deu qualquer elogio, porque essa igreja se acha espiritualmente rica e não tem falta de nada, por isso corre o grave perigo de ser vomitada da boca de Cristo.

“A figura de vomitar de Sua boca significa que Ele não pode oferecer suas orações ou expressões de amor a Deus. Não pode aprovar de modo algum a sua forma de ensinar a Palavra de Deus ou o seu trabalho espiritual. Não pode apresentar seus serviços religiosos com o pedido de que a graça lhes seja concedida” (Testemunhos para Igreja, v. 6, p. 408 – ênfase da autora).

Como a igreja de Laodiceia chegou a esse ponto de mornidão? Porque essa igreja exibe atos exteriores de religiosidade, ao mesmo tempo em que se compromete com o mundo, sua influência e seus padrões. Essa é uma combinação mortal para os cristãos que desejam estar entre aqueles que estarão vivos até ao final da história terrestre e serem salvos quando Jesus voltar. Caso acariciarem uma condição dúbia em seu coração, Jesus cessará Sua intercessão por eles, pois já escolheram outro mestre.

“‘Não se pode servir a dois senhores’”. Não podemos servir a Deus com o coração dividido...

“‘Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz. Mas se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas. Portanto, se a luz que está dentro de você são trevas, que tremendas trevas são!” (Mateus 6:22-23). Pureza e firmeza de propósito são condições para receber luz de Deus. Aquele que deseja conhecer a verdade, deve estar disposto a aceitar tudo que ela mostra. Não pode ter nenhuma transigência com o erro. Estar vacilante e morno para com a verdade, é preferir as trevas do erro e o engano de Satanás [...] (O Desejado de Todas as Nações, p. 215).

“Unicamente os que vivem a vida de Cristo são coobreiros Seus. Se um pecado é nutrido na alma, ou uma prática errônea conservada na vida, todo o ser é contaminado. O homem torna-se instrumento de injustiça” (O Desejado de Todas as Nações, p. 214, 215).

A igreja chegou agora ao último período da história, quando as verdades comuns a todas as eras brilham sobre o remanescente povo de Deus, e somos chamados a ser o resultado final da intercessão de Jesus. Cada período da igreja cristã recebeu uma obra específica a ser realizada para resistir às mentiras de Satanás para seu tempo, na história. À medida que cumprirem a sua vocação, receberão a aprovação de Deus e serão declarados vencedores. Mas a última igreja foi privilegiada ao receber todas as verdades do passado, bem como as novas verdades sobre a obra final de Jesus no Santuário celestial para formar uma geração perfeita de Seu povo.

A mensagem laodiceana destina-se aos cristãos que acham que podem continuar em seus pecados habituais, confiando que a graça de Jesus compensará a diferença na sua vida entre os fracassos e a perfeita justiça da vida de Cristo. Jesus, no entanto, está solicitando à Sua última igreja que coopere com Ele inteiramente, de forma a permitir que Ele comprove ao Universo inteiro que Seu plano de redenção é eficaz para produzir a perfeição em todos os que Lhe permitirem desenvolver Sua justiça em suas vidas.

“Aqueles que se acham nesta condição [Laodiceanismo] são deliberadamente ignorantes. Não discernem o verdadeiro caráter do pecado, e por suas transgressões, constantemente representam mal o caráter de Cristo e O expõem à ignomínia” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 7, p. 1075 – nossa tradução) (ênfase da autora).

“O ideal de Deus para Seus filhos é mais alto do que pode alcançar o pensamento humano. ‘Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos Céus’ (Mateus 5:48). Esse mandamento é uma promessa. O plano da redenção visa ao nosso completo libertamento do poder de Satanás. Cristo separa sempre do pecado a alma contrita. Veio para destruir as obras do diabo, e tomou providências para que o Espírito Santo fosse comunicado a toda alma arrependida, para guardá-la de pecar.

“A influência do tentador não deve ser considerada desculpa para qualquer má ação. Satanás rejubila quando ouve os professos seguidores de Cristo apresentarem desculpas quanto a sua deformidade de caráter. São essas escusas que levam ao pecado. Não há desculpas para pecar. Uma santa disposição, uma vida cristã, são acessíveis a todo filho de Deus, arrependido e crente.

“O ideal do caráter cristão, é a semelhança com Cristo. Como o Filho do homem foi perfeito em Sua vida, assim devem Seus seguidores serem perfeitos na sua” (O Desejado de Todas as Nações, p. 213 – ênfase da autora).

“A intercessão de Cristo no Santuário celestial, em prol do homem, é tão essencial ao plano da redenção, como o foi Sua morte sobre a cruz. Pela Sua morte iniciou essa obra, para cuja terminação ascendeu ao Céu, depois de ressurgir. Pela fé devemos penetrar até o interior do véu, onde nosso Precursor entrou por nós (Hebreus 6:20). Ali se reflete a luz da cruz do Calvário. Ali podemos obter intuição mais clara dos mistérios da redenção [...]

“Se os que escondem e desculpam suas faltas pudessem ver como Satanás exulta sobre eles, como escarnece de Cristo e dos santos anjos, pelo procedimento deles, apressar-se-iam a confessar seus pecados e deixá-los. Por meio dos defeitos do caráter, Satanás trabalha para obter o domínio da mente toda, e sabe que, se esses defeitos forem acariciados, será bem-sucedido. Portanto, está constantemente procurando enganar os seguidores de Cristo com seu fatal sofisma de que lhes é impossível vencer. Mas Jesus apresenta em seu favor Suas mãos feridas, Seu corpo moído; e declara a todos os que desejam segui-Lo: ‘A Minha graça te basta’ (2 Coríntios 12:9). [...] Ninguém, pois, considere incuráveis os seus defeitos. Deus dará fé e graça para vencê-los” (O Grande Conflito, p. 489, ênfase da autora).

A purificação que Deus nos oferece exigirá que passemos por terríveis provações que revelarão onde Satanás tem forjado seu caráter em nossas mentes durante a nossa vida. Quando esses defeitos se tornarem aparentes para nós, precisamos correr para Jesus e Lhe pedir que nos purifique, remova esses defeitos e imprima em nossa mente Seu padrão perfeito de pensamento, sentimento e comportamento, pela habitação do Espírito Santo. Jesus ama fazer essa troca por nós para nos dar paz e liberdade das tentações e dos escárnios do maligno. Desse modo, teremos o ouro do Seu justo caráter implantado em nós em lugar de nossos defeitos de caráter.

Essa experiência exigirá de nós uma mente aberta para reconhecermos a voz mansa e suave do Espírito Santo falando a nós, pois por nós mesmos somos incapazes até mesmo de discernir nossos pecados e defeitos. O colírio celestial que Deus oferece ajuda-nos a ver a diferença entre nossos pensamentos e sentimentos e os de Jesus. Assim, podemos fazer essa troca e Lhe permitir que tome nossos trapos imundos de caráter e nos dê Seu perfeito manto de justiça.

O tema da perfeição do caráter de Cristo em Seu povo está se tornando cada vez menos popular no Cristianismo hoje e mesmo na Igreja Adventista. Em uma edição recente do periódico Adventist World, p. 4, há uma citação extraída da palestra do psiquiatra adventista Torben Bergland, proferida na Terceira Conferência Global sobre Saúde e Estilo de Vida, na Universidade de Loma Linda, em que afirmou: “O fanatismo é uma fuga da falibilidade, mas ser um ser humano é ser falível”.

Conquanto seja verdade que os seres humanos são falíveis, ficarmos à mercê desse pensamento, sem o antídoto para nossa falibilidade que vem da intercessão de Jesus no Santuário celestial em que Ele comunica  Sua justiça em nossa vida diária, indicaria que aceitamos a falibilidade como norma, o que é a essência do laodiceanismo.

Contudo, Jesus, em Seu conselho ao laodiceanos, os desafia a serem vencedores e se assentarem com Ele em Seu trono: como produto final de Sua intercessão no Lugar Santíssimo do Santuário. Ele os convida a se tornarem virgens prudentes que são purificadas e estão em completa harmonia com Ele em todos os aspectos da vida.

“Ele respondeu: Vai, Daniel, porque estas palavras estão encerradas e seladas até ao tempo do fim. Muitos serão purificados, embranquecidos e provados; mas os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão” (Daniel 12:9,10).

É para receber essa honra que a última igreja é chamada. O destino da igreja de Laodiceia é se tornar o produto final da obra de Jesus no Santuário celestial. Com seu caráter purificado como ouro puro, visão espiritual refinada e guiada pelo Espírito Santo, e vestindo o manto branco perfeito da justiça de Cristo, a igreja de Laodiceia será colocada diante do Universo como prova viva de que Jesus é capaz de salvar Seu povo de seus pecados e restaurar a humanidade à sua condição original na criação. E como demonstração da salvação plena ministrada pelo nosso Senhor e Salvador, os vencedores da igreja de Laodiceia se assentarão com Jesus em Seu trono para todo o sempre.

Para cada uma das outras igrejas Jesus prometeu uma recompensa, mas a nenhuma outra foi prometida a recompensa de se assentar com Jesus em Seu trono. Com o propósito de compreendermos melhor o significado dessa promessa, vou relatar aqui um pequeno estudo das Escrituras para nos encorajar a fazermos parte dos vencedores da igreja de Laodiceia.

“Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas” (Mateus 25:31,32).

“Jesus lhes respondeu: Em verdade vos digo que vós, os que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel” (Mateus 19:28).

“Vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações. Assim como meu Pai me confiou um reino, eu vo-lo confio, para que comais e bebais à minha mesa no meu reino; e vos assentareis em tronos para julgar as doze tribos de Israel” (Lucas 22:28-30).

“Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso, indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida!” (1 Coríntios 6:2,3).

Não é maravilhoso que Laodiceia, a igreja que não recebe elogios de Jesus, seja também a igreja que recebe a promessa de que aqueles que vencerem como Ele venceu se assentarão com Ele em Seu trono? Isso demonstra que, assim como os doze discípulos foram preparados espiritualmente para julgar a nação de Israel, seu próprio povo, também os vencedores da igreja de Laodiceia receberão o direito de se assentarem com Jesus no julgamento envolvendo a análise da semelhança ao caráter de Cristo para todos os cristãos que viveram desde que Jesus ascendeu ao Céu e iniciou Seu ministério no Lugar Santo do Santuário celestial. Observem os interessantes comentários do Comentário Bíblico Adventista, vol. 7, p. 761 [tradução nossa]:

“O nome Laodiceia implica o passo final no processo da história cristã, o de aperfeiçoar um “povo julgado” [...] implica em que a preparação de um tal povo e o processo divino de o decretar justo será levado a cabo no fechamento do período [..] e o período de tempo assim representado pode ser caracterizado como a Era do Julgamento.

“A mensagem aos laodiceanos se aplica a todos os que professam ser cristãos (ver Testemunhos para a Igreja, vol. 6, p. 77). Por mais de um século, os Adventistas do Sétimo Dia reconhecem que a mensagem aos laodiceanos tem uma aplicação especial a si mesmos (ver Testemunhos para a Igreja, vol.1, p. 141-144). O reconhecimento dessa aplicação se coloca como uma constante repreensão à satisfação própria e um estímulo para vivermos de todo o coração conforme o padrão de uma vida perfeita em Cristo Jesus”.

Num sentido mais amplo, embora a igreja de Laodiceia se aplique a todos os cristãos que viveram desde que Jesus entrou no Lugar Santíssimo do Santuário celestial, a purificação final do povo de Deus virá através da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que ensina a necessidade de guardar todos os mandamentos de Deus e que tem o dom de profecia, representado pelos escritos e pela obra de Ellen G. White:

“E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo” (Apocalipse 12:17, cf. Apocalipse 19:10).

Observe que na cronologia dos eventos dos últimos dias no Apocalipse, Jesus não permite a exposição final do homem do pecado até ter um povo que esteja purificado, preenchido pelo Espírito Santo e pronto para encontrar-se com o inimigo.

Em seguida, após a introdução da igreja remanescente em Apocalipse 12:17, vemos a cura da ferida mortal, no capítulo 13:

“E vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia. [...] e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio. E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta. [...] E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13:1-3, 8).

Nesse ponto é introduzida a besta semelhante ao cordeiro, que dá poder à imagem da primeira besta e obriga “[...] a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome” (Apocalipse 13:16,17).

Essa sequência indica o tempo em que o remanescente purificado da igreja de Laodiceia (Ap 12:17) enfrenta a besta, ou o papado, e sua imagem, que é representada por aqueles das igrejas protestantes que não responderam à última mensagem de advertência dada ao mundo pelos fiéis seguidores de Deus: "E depois destas coisas vi descer do Céu outro anjo, que tinha grande poder, e a terra foi iluminada com a sua glória. E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e coito de todo espírito imundo, e coito de toda ave imunda e odiável.[...] E ouvi outra voz do Céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Porque já os seus pecados se acumularam até ao Céu, e Deus se lembrou das iniquidades dela” (Apocalipse 18:1-5).

Observação: é interessante notar que a ascensão e o poder do papado no fim dos tempos, apoiado pelos Estados Unidos da América, não estão registrados nas Escrituras até que a igreja tenha sido purificada e descrita como sendo a igreja que guarda os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus. Isto indica que os vencedores da igreja de Laodiceia precisam estar presentes e ativos, antes que Jesus permita os eventos finais da história da Terra e a aprovação da Lei dominical. Essa é uma advertência às pessoas que estão na igreja esperando a Lei dominical para só então se prepararem para a volta de Jesus.  Estas correm grande perigo de retardarem demais a sua preparação, pois a purificação da igreja e o tempo de preparação já terão passado. É por isso que foi dito aos desapontados da igreja de Filadélfia: “Importa que profetizes outra vez”, que somente poderá ser concretizado pelo remanescente purificado da igreja de Laodiceia: “E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo. E ele disse-me: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis.” (Apocalipse 10:10,11).

Somente quando o remanescente final do povo de Deus estiver purificado e aperfeiçoado, representando Jesus plenamente em sua vida, Deus poderá cumprir a Sua promessa de dar um fim ao grande conflito e voltar para receber Seu povo para Si. Só então a profecia de Apocalipse 10:6, 7 se cumprirá: “E jurou por aquele que vive para todo o sempre, [...] que não haveria mais demora; Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos”.

“Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça, que ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência; descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos” (Efésios 1:7-10).

“Da qual eu estou feito ministro segundo a dispensação de Deus, que me foi concedida para convosco, para cumprir a palavra de Deus; o mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos; aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória” (Colossenses 1:25-27).

Você consegue ver como os eventos finais da história da Terra, conforme registrados em Apocalipse 13, precisam ser contidos até que se processe a purificação e o aperfeiçoamento do povo de Deus à imagem de Cristo? Aqueles que pensam que permanecerão firmes durante a Lei dominical e a perseguição que se seguirá, sem a proteção do manto da justiça de Cristo tanto interior quanto exteriormente, descobrirão tarde demais que estão atrasados para fazer parte dos eleitos de Deus, que são as virgens prudentes.

“E ele disse: Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao tempo do fim. Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão” (Daniel 12:9, 10).

“O livro de Daniel está agora aberto, e a revelação feita por Cristo a João deve vir a todos os habitantes da Terra. Pelo acréscimo do conhecimento deve ser preparado um povo para subsistir nos últimos dias” (Mensagens Escolhidas 2, p. 105 – ênfase da autora).

Em eras passadas, a completa purificação do coração, da mente e das emoções não era completamente compreendida, porém com o aumento do conhecimento disponível para nós hoje, tanto na ciência como na experiência e compreensão espirituais, essa purificação está agora disponível. Portanto, aqueles que não se valerem desse conhecimento e dessa experiência estarão entre as virgens insensatas que acordam tarde demais para se preparar.

“A classe representada pelas virgens loucas [...] não permitiram que sua velha natureza fosse quebrantada [...] contentou-se com uma obra superficial. Não conheceram a Deus; não estudaram Seu caráter; não tiveram comunhão com Ele; por isso não sabem como confiar, como ver e viver. Seu serviço para Deus degenera em formalidade” (Parábolas de Jesus, p. 223, 224 – ênfase da autora).

“Se, enquanto professam ser discípulos de Cristo, eles acariciarem traços de caráter herdados e cultivados [...] são [...] como as virgens néscias” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 4, p. 1301).

“[...] Devem ser crucificadas tanto as tendências herdadas como as cultivadas para o mal” (Mensagens aos Jovens, p. 68).

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei; E eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso. [...] Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus” (2 Coríntios 6:14-18; 7:1).

Está claro na Palavra de Deus e no Espírito de Profecia que Deus espera de Sua igreja remanescente um caráter aperfeiçoado, representativo do Seu povo fiel de todos os tempos. Em função do aumento do conhecimento, estes serão apresentados ao Universo como a obra finalizada de Cristo do Seu plano de redenção. Não podemos comparar nossa vida com a daqueles que viveram antes de nós, pois eles viveram à altura de toda a luz que eles receberam.  Porém a luz que agora brilha sobre nós é suficiente para finalizar a obra na vida do povo remanescente que será vencedor, custe o que custar.

Você compreende agora por que os vencedores na igreja de Laodiceia representarão todas as eras da igreja cristã e se assentarão no trono de julgamento com Jesus? Da mesma forma como os discípulos foram o remanescente purificado do povo judeu e em função disso se assentarão no julgamento dos filhos de Israel, dessa mesma forma a igreja remanescente de Deus representará não somente a igreja cristã, porém também os salvos de todas as eras, como o produto final do plano da salvação.

“Todos estes [desde Abel e por toda a história] morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. [...] E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa, Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados” (Hebreus 11:13, 39-40 – ênfase da autora).

“Deus criou o homem para que toda faculdade fosse faculdade da mente divina. O Senhor Jesus Cristo é o Autor de nosso ser, e é também o Autor de nossa redenção, e todo o que quiser entrar no reino de Deus adquirirá um caráter que é uma réplica do caráter de Deus. É impossível habitar com Deus no santo Céu, a menos que sejamos à Sua semelhança. Aqueles que forem redimidos serão vencedores; eles serão elevados e puros – um com Cristo” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 6, p. 1232 – ênfase da autora).

“Todos quantos se entregam ao serviço de Cristo seguirão o Seu exemplo, e serão perfeitos vencedores” (Manuscrito 176, 1898).

Você consegue observar como os ventos estão sendo soltos, tanto no plano físico quanto na sociedade neste momento? Consegue perceber as novas medidas do papado para unir o mundo sob o controle da Igreja Católica? Então, pode ter certeza de que ao redor do mundo o povo de Deus avança em sua purificação e preparação para enfrentar o inimigo com toda a armadura de Deus, em posição para sua proteção durante o tempo de angústia que está bem próximo de nós. Em breve Jesus terminará Sua obra de intercessão, lançará o incensário e pronunciará as palavras finais: “Quem é injusto, seja injusto ainda; e quem é sujo, seja sujo ainda; e quem é justo, seja justificado ainda; e quem é santo, seja santificado ainda. E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra” (Apocalipse 22:11, 12).

Que cada um de nós esteja entre os vencedores naquele dia!

 

Carol Zarska, MAR, Escritora, em 21 Outubro 2019